E agora?
Passou no teste da barraca, da festa com os amigos…
Dia dos namorados, presentinhos surpresas, o chuveiro mais descolado…
Muitas roupas no armário. Briga, as roupas vão embora, sem nem um bilhetinho. E o colchão não cabe no carro.
Volta e vem com o PC. Agora, sim, é pra valer.
Lua de mel, trabalho, festa…
Um filho pra criar: e os ciúmes? A conquista se faz no todo dia. E a família nasce do amor.
Essa família tão estranha.
Vou pro Rio – Eu não vou.
Voltei – Vamos?
Vamos.
45m² – felizes e furiosos
Mais uma mudança, mais uma casa, mais uma escola.
Mais uma mudança, mais uma casa, outra vida.
Outro filho, “feito em casa”.
Amor, confiança e respeito. Nem sempre nessa ordem e nem sempre todo o dia.
Mas quando importa, quando precisa.
Tem espaço pra cada um e pra todo mundo.
E nada de sexo protocolar.
Ninguém disse que seria fácil, mas ninguém imaginou que o difícil seria tão gostoso.
Porque amar é isso, é dar espaço pra tudo que vem do outro, junto com o que é seu.
“Nós é muita gente”, mas o nosso nós é um universo inteiro.
Agora, estamos assim, 3.650 dias, 8.760 horas, 525.600 minutos depois:
Um Júlio, uma Máira, um Ian, um Tom, uma Mimi, uma Kombi, um terreno, um projeto.
Punk rock, feminismo, escotismo, vegetarianismo, low-fi.
Comemoramos todos os dias a vida incrível que construímos. É boa porque é nossa e porque nela tem espaço pra tudo o que nos é mais importante.
E eu sou tão feliz, mas tão feliz, que ainda fui presenteada com a oportunidade de extravasar meu eu mais “eu” em comemoração às nossas bodas.