Hoje damos início ao Mês da Mulher.
Em todo o mundo estão sendo planejados eventos, debates, comemorações e homenagens, centralizados no dia 08, o “Dia Internacional da Mulher”.
Essa data marca a luta histórica das mulheres pela igualdade, mas também marca a urgência do resgate desta luta.
Estamos muito longe de podermos considerar nossa causa como esgotada.
Se o feminismo conseguiu vitórias importantes em termos de equidade, sofre hoje a ameaça do descrédito e da desqualificação.
Muitas mulheres enchem o peito para afirmar que são “femininas” e não “feministas”, como se apropriar-se da causa feminista significasse imediatamente abandonar o gênero feminino e adentrar ao mundo subjetivo do não-mulher.
Pior do que isso, o que escutamos hoje é: “A culpa é das feministas, que queimaram o sutiã e agora eu tenho que trabalhar e cuidar dos filhos.”
Esquecem que antigamente a mulher ela considerada “propriedade” do homem (pai ou marido). Não tinha autonomia para decidir nada em sua vida, se poderia estudar ou viajar, quantos filhos teria, se lavaria ou não a louça…
É fácil emitir esse tipo de fala quando se é livre para ir e vir…
Acho esse pensamento muito perigoso, pois reproduz um discurso opressor e banaliza o movimento de emancipação da mulher.
O que muitas mulheres não conseguem perceber é que, enquanto reclamam que “têm” que trabalhar, há um universo de mulheres que não têm poder sobre suas próprias vidas.
Continuamos sendo tratadas como bruxas, vadias, fracas, objetos… Continuamos perpetuando comportamentos negativos e o que é pior, criticando o processo de empoderamento daquelas que batalham para se libertar.
Então, a resposta deste post é: sim, precisamos lutar muito ainda…
Vem pra luta também!