Eu tenho feito acordos comigo, todos devidamente quebrados. de que não vou sucumbir, nem me entregar. Combinei que me salvaria, mesmo quando decidi que cortar os pulsos era uma forma de salvação.
Eu tenho feito esse pacto de sobreviver todos os dias, de que vou acordar amanhã, não importa o que aconteça, mesmo quando decidi que tomar uma garrafa de whisky era também uma forma de sobrevivência.
Eu tenho decidido que o apocalipse é agora, que não há mais nada a fazer a não ser seguir, mesmo quando o desespero me impede de levantar do sofá.
Eu tenho feito esse combinado de que não irei desistir, pois o mundo é maior do que minha reles existência e resistir é só o que resta, mesmo quando nada mais faz sentido.
Eu tenho acreditado que amanhã vai ser outro dia, mesmo quando continuo presa no ontem, porque o amanhã sempre vem.