Adeus, Amor

Foi num seis de abril, em pleno viaduto, uma cantada barata, um butiquim de quinta, um poema piegas. Eu te queria há tanto, você nem me sabia. Que receita para um filme ruim. Os dias se passaram em álcool e telefones tocando, uma espera que não se realizava até que estivéssemos prontos. Tantos desencontros, tanto amor e tanto ódio. Um pacto de vida. E de morte. Eu morri em sua mediocridade e você morreu em meu excesso. Tenho morrido em cartas de amor que carrego há décadas. Agora é hora de partir. De deixar você partir. Que nossas almas – outrora gêmeas – caminhem livres. De você eu me liberto.

Adeus, Amor.

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