Helena, meu amor, a vida segue sendo esse assombro e, nesse momento, sou um poço de clichês sobre a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida. Num fim de ano, num fim de mundo, nos reconhecemos em tantos pequenos pontos de encontro, pequenos presentes preciosos, tudo segue sendo urgente, até quando perdemos a hora, quando perdemos a fé, quando perdemos a crença de que vai dar tudo certo.
Estamos vivas, Helena, por pura teimosia e chatice, porque a vida não exige da gente só coragem, mas também a força de dizer não, e a gentileza de dizer sim. Neste momento tudo é possibilidade, mesmo que a finitude nos cerque como uma muralha, então fazemos planos mirabolantes para um futuro que nem sabemos se virá.
Não precisamos de mais nada.
Te amo, Helena, obrigada por tudo, por ser tudo.
