Ando devagar porque já tive pressa, mas também porque continuo estraçalhada e caminhar carregando os caquinhos todos tentando não desmontar a cada novo passo demanda cuidado e tempo. Quando acho que tudo passou e a cola finalmente secou a dor chega como uma voadora no peito, insuportável, chego a perder o ar, perder o rumo. Não há moral da história, Helena, quando se morre de amor, morre-se sempre, todos os dias, o tempo todo.