Bom dia, Helena, sei que deveria estar feliz, mas estou triste e exausta, exausta, me arrastando mesmo, não é só o fim do ano, todo o fim de ano, mas os milhares de mortos, a falta de esperança e essa sina de me sentir insuficiente, de não ter dado conta, quem deu? Leio sobre casas amarelas enquanto cantarolo “fiz minha casa no teu cangote” e eu queria tanto, tanto, que bastasse, queria só uma chance, sabe? Nem coloco mais a culpa nos hormônios, Helena. Sou só eu.