Faz pouco tempo que eu descobri o blog da Letícia – Cem homens.
Achei a ideia boa e bem a cara do tempo que estamos vivendo…
Porque conheço algumas mulheres que transaram com mais de cem homens, mas na época não existiam as redes sociais para divulgar.
Confesso que não teria paciência de acompanhar as aventuras da moça, mas precisamos de mais mulheres solteiras que se reconheçam e se afirmem como sexualmente ativas, e até inspirem outras mulheres a se libertarem.
Sim, pois as mulheres que são sexualmente ativas continuam sendo chamadas de vadias… Ainda existem as mulheres “pra transar” e “pra namorar”… E as pessoas, tanto homens quanto mulheres, continuam desconhecendo seus corpos e sua sexualidade.
Esse assunto veio à baila porque dia desses li esta entrevista, na qual a Letícia afirma o total despreparo sexual da maioria dos homens com os quais ela tem se relacionado.
E, cá entre nós, toda mulher tem uma experiência desastrosa no currículo. É digno de riso… e às vezes é de chorar mesmo. Mas o grande problema é a falta de entendimento do que seja o sexo.
Aí, para ilustrar perfeitamente o problema, leio o excelente artigo da revista TPM: Faça amor, não faça pornô!
Pronto, tá explicado. No meu tempo, o problema era a falta de informação. A gente tinha que descobrir como é que fazia, fazendo… E a maioria errava feio.
Hoje a superexposição ao sexo deixou os homens ainda mais alienados do que seja o prazer feminino. Acham que é só reproduzir o que vêem nos filmes pornôs e tá tudo bem. Performance cinematográfica, o prazer masculino e a mulher se sentindo um lixo…
E as variantes encontradas nas relações afetivas/sexuais são tantas que ninguém mais dá conta… Veja só, além das mulheres solteiras que querem poder fazer sexo casual em paz, há as mulheres solteiras que querem casar e ter filhos… E sim, há homens que querem comer todas, mas também há homens que querem uma companheira e uma família…
Tenho amigas e amigos que desejam muito uma relação monogâmica estável, mas que simplesmente não conseguem.
A “liberadas” são odiadas, por outras mulheres, mas principalmente pelos homens (como os masculinistas, que eu só descobri que existiam esses dias…)
Como resumo da ópera temos o seguinte cenário:
1. Hoje em dia continua-se fazendo muito sexo… e de péssima qualidade.
2. Homens e mulheres continuam querendo casar e ter filhos… mas as idiossincrasias da vida moderna impedem que relações saudáveis sejam construídas.
3. Há muita gente, homens e mulheres, que não fazem sexo. E isso é um problema.
Como afirma minha amiga Geisa, não dá para transar sem respeitar o corpo e o prazer do outro.
Sem respeitar seu próprio desejo, sua paixão, seu corpo.
Existe sexo sem amor, amor sem sexo, sexo sem prazer, prazer sem sexo…
Existe gostar, amar, ter tesão…
Mas existe muito recalque para que as pessoas saibam qual dessas é a sua praia…
E o sexo fica assim: muita gente faz, muita gente diz que faz e a maioria não tem ideia de como faz.
Muito bom!
Por coincidência, minha imagem é também da Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo, rs. Volta e meia, leio o que escreve. E tenho gostado muito. A questão da sexualidade está ainda muito mal entendida. E pior que a cobrança que se faz externamente, é a cobrança interna, individual. Felizmente, tive a oportunidade de conhecer homens que fogem deste tipo tão comum. E, com toda certeza, nos tornamos mulheres mais felizes!
Ah, é um avatar lindo!!!
Eu, apesar de casada e realizada sexualmente, tive experiências ruins e acompanho minhas amigas solteiras também penando com a falta de entendimento do que venha a ser o sexo…
Quero ir atrás dos vídeos da Erika Lund! Adorei a ideia de criar filmes pornôs com “paixão”…