Eu carrego um baú cheio de dores, fragmentos de instantes que poderiam ter sido, pedaços de amores que se foram, sonhos não ousados. Eu carrego um baú sem enxoval, apenas discos quebrados, cartas rasgadas, fotos desbotadas, fragmentos de uma utopia que nunca existiu. Eu carrego um baú pesado, repleto de versões de uma vida improvável, de memórias impossíveis, de saudades inocentes.
Eu carrego um baú vazio.